Romantismo: belo e ideal > Realismo: real e objetivo
Eles colocavam em suas obras suas experiências pessoais, lembranças fisiológicas, ou seja, tudo que viam e tocavam. Deuses e história de heróis não eram mais contadas em pinturas ou mesmo em esculturas pois não faziam parte dos fatos do mundo moderno. O que pode ser notado são cenas do cotidiano, focando nos trabalhadores urbanos e camponeses, que são simples e cruas e a reprodução de paisagens era desapaixonada e neutra. Mas no início o Realismo foi um escândalo, acusado de degradar a arte com temas banais, cores excessivas que eram também muito vivas e consideradas de mal gosto com falta de elaboração e conceptualização das composições. Para os defensores do movimento a representação da realidade em grupo era a última palavra em audácia artística. O Realismo manteve-se dentro dos conceitos acadêmicos no que diz respeito à exatidão do desenho e ao perfeito acabamento do quadro.
ARTISTAS
Gustave Courbet (1819-1877)Ele foi o pai do Realismo, saiu do convencional e fazia pinturas poéticas e de acordo com ele "a pintura é essencialmente uma arte concreta e tem de ser aplicada as coisas reais e existentes". Quando lhe pediram para pintar um anjo ele se recusou pois ele nunca viu um antes, por isso ele se limitada a temas cotidianos.
"Quando um júri se recusou a exibir o que Courbet considerava sua mais importante obra, "O Interior do Meu Ateliê", o pintor construiu uma galeria particular para exposições (na verdade, um barracão), chamado "Pavilão do Realismo" - o primeiro espetáculo solo que já houve."
STRICKLAND, Carol. Arte Comentada, Da Pré-história ao Pós-moderno, página 84, 1999.
"Interior do Meu Ateliê - Uma Alegria Real Resumindo Sete Anos de Minha Vida de Artista", Courbet, 1854-55, Musée d'Orsay, Paris. |
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